terça-feira, 29 de março de 2011

Que pais não queriam receber, logo ao nascimento de seu filho um manual de regras básicas para educar bem seu filho? Seria muito tranqüilo. Ele não quer tomar banho? Leia como convencê-lo na página 12. Tudo seria fácil, porém seria automático e sem sentimento e emoção. Quando falamos da educação de nossos filhos, estamos falando de seres maravilhosos, que amamos e queremos bem. Por esse motivo esse assunto tornou-se uma das áreas do comportamento humano mais exaustivamente pesquisada. Apareceram tantas receitas que os pais ficaram sem rumo. Afinal o que funciona.
Recentemente li uma entrevista do Psicólogo Laurence Steimberg, da Temple University nos Estados Unidos, que acredita ter encontrado, em 10 regras, o caminho para conscientizar pais que buscam o equilíbrio entre a ciência e o bom senso para criar filhos mais preparados para a vida.
Laurence Steimberg expõe suas idéias em seu livro “The 10 Basic Princeples of good pareting” (os 10 princípios básicos para educar os filhos).
Segundo consta na entrevista, para compilar suas regras, o psicólogo americano estudou praticamente todas as linhas de pesquisa sobre educação de crianças e adolescentes produzidos nos últimos 50 anos, chegando a uma conclusão que lhe deu a certeza de ter encontrado a síntese do ideal do relacionamento com os filhos, que vem do fato de que toda a ênfase é colocada sobre a mudança de comportamento dos pais e não das crianças.
Diz ele “bons pais criam um ambiente familiar que favorece o equilíbrio emocional e os elementos associados a ele”. Honestidade, alegria de viver, empatia são alguns elementos.
Então vamos conhecer essas regras segundo o livro. São elas:
1. As atitudes no dia – a - dia são melhores que os conselhos.
2. Demonstre afeto incondicional por seu filho. Isso não o tornará mimado.
3. Envolva-se com a vida de seu filho.
4. Mude a forma de tratar a criança de acordo com as etapas de crescimento.
5. Estabeleça regras e limites desde cedo
6. Encoraje seu filho a se tornar independente.
7. Seja coerente
8. Evite castigos físicos e agressões verbais
9. Explique suas regras e decisões e ouça o ponto de vista de seu filho.
10. Trate seu filho com respeito

Fazer elogios com mais freqüência é um bom caminho, eles podem ser de 2 formas: o incondicional “eu te amo, pelo que você é”. Esse afeto não precisa ser conquistado, nunca será perdido e demonstrá-lo deixa a criança segura e eleva sua auto – estima. Outro tipo é o elogio condicional: “Eu gostei do que você fez!” Se os filhos percebem que seus pais notam quando eles fazem algo positivo, geralmente vão tentar acertar novamente.
Steimberg é totalmente contra a punição física. “Nunca, não importa a extensão de sua raiva ou tamanho do erro de seu filho, lance mão do espancamento, disse ele a repórter”.Ao fazê-lo, entre outras danos, você ensina a ele que bater nos outros é um modo aceitável de resolver os problemas da vida “. Agressões verbais também causam graves danos no desenvolvimento emocional do seu filho como baixa auto – estima e depressão clinica”.
Os pais estão sujeitos a explosão de raiva, principalmente quando se encontram sob algum tipo de stress.
Quando isso acontecer, respire fundo e diga: “Estou irritado para conversarmos agora, vamos esperar para conversamos sobre o que houve com mais calma”.
E quando chegar a hora da conversa comece por reforçar positivamente o que você sente por ele e depois sua indignação pelo fato em si. “Eu gosto muito de você, mas não gostei do que você fez”.
Outro aspecto importante a ser abordado é a questão do limite. Dentro do processo de educação infantil, o estabelecimento de normas, combinados e limites é muito importante.
No próximo  texto  abordarei este assunto explicando a diferença entre norma (regra) e combinado e como a vida fica mais fácil com eles.
Até lá...

Créditos: Debora Corigliano

Nenhum comentário:

Postar um comentário